Segundo a Polícia Civil, ela oferecia serviços de regularização fundiária em Bocaiuva e Engenheiro Dolaleba e 60 famílias foram vítimas; mulher também é investigada por falsidade ideológica porque estava usando o CNPJ de uma igreja.
Uma mulher de 47 anos foi presa suspeita de aplicar um golpe de estelionato e arrecadar cerca de R$ 120 mil no Norte de Minas. Segundo informações da Polícia Civil, ela abriu dois escritórios em Bocaiuva e Engenheiro Dolabela que supostamente ofereciam serviços de regularização fundiária.
“Ela cobrava cerca de R$ 2 mil, pegava todos os documentos das vítimas, mas não deu nenhuma entrada em nenhum procedimento no cartório. Pelo menos 60 famílias foram vítimas”, esclareceu o delegado Leonardo dos Santos Diniz.
A mulher agia na região há seis meses e as investigações começaram há 20 dias depois que algumas pessoas desconfiaram do golpe e fizeram a denúncia.
“A maioria das vítimas tinha terra em assentamentos ou em lotes doados e queria regularizar. São pessoas muito humildes e algumas fizeram até empréstimos para pagar pelo trabalho”.
Além desse golpe, ela também deu um prejuízo de cerca de R$ 12 mil em comércios das duas cidades. A mulher fechava pacotes em hotéis e restaurantes, mas não pagava as despesas, segundo a PC.
Durante as investigações, a polícia constatou que o CNPJ que aparecia na placa dos dois escritórios pertence a uma igreja de Montes Claros, e ela vai responder por falsidade ideológica.
“Ela nega os crimes e disse que estava dentro do prazo para entregar os documentos dos clientes no cartório. Sobre o CNPJ, a mulher fala que tinha autorização da igreja para usá-lo e estaria protocolando a alteração dos dados na Junta Comercial, mas verificamos que ela não tinha dado entrada no procedimento”, disse o delegado.
Ela já tinha passagem por estelionato e foi encaminhada para o presídio Alvorada, em Montes Claros.
Foram instaurados dois inquéritos para investigar os crimes de falsidade ideológica e estelionato. A Polícia Civil já ouviu testemunhas, comerciantes e 11 vítimas. Os inquéritos devem ser concluídos em 10 dias.
Fonte: G1